terça-feira, 29 de setembro de 2009

Por duas vezes Coco Montoya estava na hora e lugar certos



Foto: Cezar Fernandes

O guitarrista Coco Montoya entra no palco e sem falar nada ataca Dirty Deal, tema de seu mais recente CD homônimo. No solo, ele faz um bend gigante enquanto olha no relógio. A provocação bastou para o guitarrista californiano incendiar a platéia que lota o espaço em frente ao palco Costazul, em Rio das Ostras.
Além de ser um cara com talento, o guitarrista Coco Montoya tem muita sorte. Sua história prova isso. Por duas vezes o músico estava no lugar certo, na hora certa, como poderemos ver na entrevista abaixo.
Seu primeiro trabalho sério como músico foi na banda do grande blueseiro de Chicago, Albert Collins. O segundo foi com os Bluesbrakers, banda de um dos maiores nomes do blues inglês, John Mayall, ocupando o lugar que um dia foi de Mick Taylor, Peter Green e Eric Clapton. Hoje Montoya toca uma crescente carreira solo.
Montoya é também um cara boa praça, atende a todos, fãs e jornalistas, com um grande sorriso e se mistura com a platéia quando algum artista que lhe interessa está no palco. Após alguns desencontros, essa entrevista exclusiva para a Revista Ao Vivo foi realizada aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, à beira da piscina do hotel, quando Coco Montoya se preparava para ir embora de Rio das Ostras.


EM: O que achou do festival? Gostou dos shows?
Coco Montoya: Adorei, foram maravilhosos passei bons momentos nos shows no Brasil, bom público e bom som. Achei um festival maravilhoso, com pessoas maravilhosas de se trabalhar. Você conhece as pessoas que trabalham aqui e sabe como elas são ótimas.

EM: Qual palco você mais gostou?
CM:
É difícil dizer. Nos dois casos as pessoas estavam se divertindo e eu estou agradecido de poder tocar. Não importa o palco, o pessoal do som é muito bom.

EM: Você chegou a ver os shows de John Hammond?
CM:
Sim, John Hammond é uma instituição, uma lenda, eu escutei a música de John Hammond por muitos anos. Sempre apreciei sua maneira de se expressar, cheia de alma. Ele realmente coloca muito sentimento na sua música, sempre fui um grande fã e agora somos amigos, ele e sua mulher são pessoas muito boas.

EM: Ele sempre fez uma mistura de blues acústico e elétrico com muita propriedade.
CM:
Sim e faz muito bem, sua experiência permite essa diversidade, todos esses tipos de blues. É isso que eu amo em John, é muita informação, ele sabe tudo sobre o blues e é difícil acompanhar John Hammond.

EM: Você se lembra quando foi a primeira vez que ouviu blues?
CM:
Bem, acredito que ouvi blues toda a minha vida. Sou de Los Angeles, onde se podia ver e ouvir blues o tempo inteiro. Em 1969 assisti pela primeira vez a um show de Albert King e foi uma revelação. Albert king era incrível. Costumava ouvir suas músicas com Eric Clapton, Cream e John Mayall e eram muito boas, sempre gostei, mas quando vi Albert King era a coisa original, meu Deus!

EM: Então essa foi a primeira vez que o blues bateu de verdade?
CM:
Sim, essa foi a primeira vez que eu senti o que era o blues. Eu senti realmente. Quando conheci Albert Collins foi outra revelação. Uma música incrível.

EM: Conte um pouco sobre sua temporada tocando com a banda de Albert Collins? Qual foi a coisa mais importante que você aprendeu com ele com relação à música?
CM:
A coisa mais importante que eu aprendi com Albert foi que eu devia achar a minha própria identidade como músico. Naquela época eu tocava bateria e ele costumava me dizer: “Não importa qual instrumento você toque, ache sua própria identidade”. Ele tinha uma força que levava sempre para o palco, era incrível, nada o perturbava e uma vez no palco ele tocava como se não pudesse tocar daquela forma novamente.

EM: Como se deu essa troca de instrumentos? Você era baterista na banda de Albert Collins e depois mudou para a guitarra e hoje tem uma sólida carreira com esse instrumento.
CM:
Sempre toquei guitarra como segundo instrumento. Ganhei minha primeira guitarra aos 14 anos, mas nunca havia levado a sério.

EM: Tocava guitarra só por diversão?
CM:
Só por diversão. Quando saí da banda de Albert Collins, em 1975 ou 76, não me lembro, trabalhei fora da música e voltei a tocar guitarra só por diversão. Eram trabalhos comuns, durante o dia.

EM: Quais trabalhos?
CM:
Bartender, armazéns de materiais elétricos, essas coisas. Não esperava ser músico nunca mais, tocava guitarra nos finais de semana. Precisava trabalhar em empregos comuns para ganhar o meu dinheiro. Como músico eu nunca havia ganhado dinheiro. (risos)

EM: Se a música era só uma atividade secundária, quando e como você voltou a levá-la a sério?
CM:
Sim, a música pra mim era só diversão, como se eu fosse jogar boliche nos finais de semana (risos). No começo de 1984, John Mayall me viu tocando em um clube, fazendo uma jam session. Acho que foi na mesma época que o Mick Taylor saiu dos Bluesbreakers para tocar com o Bob Dylan. Ele me perguntou se eu estava interessado a voltar ao negócio e me tornar um Bluesbreaker.

EM: É muita sorte!
CM:
Sim, foi assim que John Mayall me trouxe de volta ao mundo da música.

EM: Você era o cara certo, no lugar certo, na hora certa.
CM:
Sim, duas vezes. Sou abençoado. Alguém está olhando por mim lá em cima, porque eu nunca tentei encontrar o Albert Collins e nunca esperava estar fazendo uma audição para John Mayall naquele clube. Eles simplesmente foram até mim. Quando John Mayall me ligou estava trabalhando como bartender, e quando o Albert Collins me ligou estava em casa com meus amigos, tomando uma cerveja e planejando ir à praia. Minha mãe atendeu e disse que o Albert Collins estava ao telefone. Peguei o telefone e ele me disse que precisava de um baterista e se eu queria o posto. Eu sabia que não haveria retorno. Eu disse: “Acho que sim”. Três horas depois estava na van. Foi assim que aconteceu.

EM: Quais as diferenças entre Albert Collins e John Mayall como bandleaders?
CM:
Albert Collins era muito mais tranqüilo. Dizia que sairíamos às 9h30 da manhã, mas não saíamos antes da 13h30. Já John Mayall era sempre pontual, marcava para estarmos no lobby de um hotel às 10 horas e era mesmo. Era muito rígido, sempre ligado em tudo, cuidava dos negócios. É assim que John Mayall é, mas eu gostava de trabalhar com ele assim.

EM: Como você encarou a tarefa de substituir Eric Clapton, Peter Green, Mick Taylor nos bluesbreakers?
CM:
A primeira coisa que eu pensei foi: “Oh, meu Deus, vou ser um Bluesbrakers”. Depois fiquei muito feliz e excitado, não podia acreditar, era um sonho que estava se realizando, mas também era muito difícil. Era como entrar para os Beatles. Para mim, tinha a mesma importância. Eric Clapton foi uma das primeiras pessoas que eu ouvi. É um dos maiores guitarristas que já existiram, então, na minha cabeça eu ia representar essa tradição. Mick Taylor era outro que eu gostava muito, Peter Green, Harvey Mandel, Kal David, oh, meu Deus!
Passei um ano tocando com Kal David nos Bluesbreakers. Quando ele saiu, entrou o Walter Trout. Tocamos juntos por cinco anos, então, foi muito difícil, muita pressão, mas eu aprendi muita coisa, especialmente com o Walter.

EM: Você teve a sorte de ter as suas portas abertas por grandes músicos. Costuma fazer a mesma coisa com os músicos mais jovens?
CM:
Sim e me inspiro com isso. Gosto de ver os jovens tocando. Quando olho nos olhos deles posso ver a fome de aprender. Eles amam a música e eu gosto de proporcionar isso a eles, assim como fizeram comigo.

EM: Los Angeles tem uma forte cena de blues chamada West Coast, Albert Collins é um legítimo representante de blues de Chicago e John Mayall do blues inglês. Você passou por tudo isso, qual é o som do Coco Montoya?
CM:
Não sei exatamente. Eu transito por todos eles. Tento aprender. Tive o privilégio de subir ao palco com Big Joe Turner, Lowell Fulson, Geórgia “Harmonica” Smith, Pee Wee Crayton, Albert Collins, Albert King, Jimmie Vaughan e todos são grandes músicos que eu adoro, fazem uma música original, e eu não sei a qual estilo a minha música pertence. Não toco apenas blues. Pra mim todos os estilos têm o blues como fundamento. Minhas influências são o rock and roll dos anos 50, doo woop, soul music, country.

EM: Assim como o Brasil, os Estados Unidos têm muito ritmos para se explorar e muitas vezes eles podem ser misturados, não é verdade?
CM:
Absolutamente. Você deve lembrar que quando eu comecei a tocar tive influencia do blues britânico de Eric Clapton, Peter Green, John Mayall, George Fame. No começo, eles vieram para a América e trouxeram um sabor diferente para o blues e isso é muito bom, é maravilhoso.

EM: O que mudou entre Got Mind to Travel e Dirty Deal?
CM:
Estou sempre tentando amadurecer. Tentando experimentar, tocando coisas que sempre quis tocar. O mais importante para o artista é o amadurecimento. Fazer as coisas que têm vontade. Não pode passar a vida dizendo: “Gostaria de ter tentado isso, gostaria de ter tentado aquilo. Gostaria de ter feito esse solo, gostaria de ter tocado com aquela pessoa”. Você tem de fazer, tem de ter aquela experiência.

EM: Então, nos seus discos, você não faz muitos planos do tipo: “Quero gravar isso ou aquilo”. As coisas simplesmente acontecem?
CM:
Eu faço alguns planos, mas não muitos. Penso em algumas coisas que estamos querendo fazer no álbum que estou gravando agora. O produtor é o Keb Mo, que é um grande músico, e Jack Paris também.

EM: O Keb Mo tem uma voz de trovão e também é da Califórnia.
CM:
Ohh, é maravilhosa! Kevin tem muito talento e está me ensinando muitas coisas. Ele me tira do lugar que eu costumo estar seguro. Tenho de escutar e prestar atenção. È um trabalho duro, mas é bom. Crescer não é fácil. Tenho passado muito tempo com Kevin e tenho muita sorte de tê-lo como amigo. Tenho muita sorte de poder estar em estúdio com ele e com Jack Paris.

EM: Que equipamentos você usa no palco?
CM:
Minha (Fender) Stratocaster foi feita por um luthier de Los Angeles chamado Toru Ettono, que constrói ótimos instrumentos. Os amplificadores que venho usando nos últimos seis anos foram construídos por Stevie Carr, da Carolina do Norte, é um trabalho maravilhoso. Uso pedais full tone e full drive em algumas circunstâncias e um outro pedal chamado “Hoochie Mama”, são pedais que dão um ótimo som.

EM: Fale um pouco sobre os músicos que estão te acompanhando no festival.
CM:
O tecladista que me acompanha há alguns anos se chama Brant Leeper, já tocou com W.C. Clark e Hamilton Lumis. O baixista entrou na banda esse ano, Nathan Brown, é um músico incrível e estou muito satisfeito, ele tocou com os Bone Shakers. O baterista, Randy Hayes, toca comigo há nove anos, também já tocou com um monte de gente.

John "Blues Explosion" Hammond



Foto: Cezar Fernandes

É impossível ignorar: John Paul Hammond, o músico, é filho de John Hammond Jr, um dos maiores produtores e caçadores de talentos da música norte-americana. Começo a entrevista perguntando sobre esse fato e percebo que acabo de dar uma mancada daquelas. Marla, a inseparável esposa e empresária de Hammond, me olha torto e balança a cabeça em reprovação. Parece que o relacionamento entre pai e filho não era dos melhores.
Hammond filho me diz que John pai era uma pessoa estranha e ausente e corta o assunto. Paro por aí e me atenho à sua vida artística. Ambos ficam mais à vontade. Com a voz calma, um dos maiores intérpretes do blues de todos os tempos, o homem que teve Jimi Hendrix em sua banda, gosta de falar sobre música, especialmente o blues, sua paixão.
Dono de um estilo único, Hammond filho, canta, geme, se contorce, toca sua guitarra e fica ruim dentro da roupa em cima de um palco. Uma explosão de feeling e interpretação. Quem assistiu suas apresentações no festival de Jazz e Blues de Rio das Ostras pôde ver um artista do primeiro time do blues, coisa rara nesses dias.
Foram dois shows, um no palco principal e o outro em um palco menor montado na Lagoa do Iriry, uma espécie de concha acústica de lá. John estava acompanhado por excelentes músicos, mas o destaque ficou mesmo para o tecladista Bruce Katz e seu órgão Hammond B-3.

EM: Você é filho de um dos produtores mais importantes da música norte-americana. Isso ajudou ou atrapalhou quando você começou a tocar? Como era esse relacionamento?
JH:
Meu pai era muito ausente, tinha um comportamento estranho, sempre voltado ao seu trabalho. Foram poucos os anos de convivência. Eu amadureci o meu estilo sozinho, escutando os clássicos do blues. Cai na estrada quando me senti capaz. Ele nunca tentou me desencorajar a fazer isso, porque ele realmente não poderia.

EM: Quando você começou sua carreira fonográfica, nos anos 60, Muddy Waters, Mississipi John Hurt, Willie Dixon ainda estavam vivos e eram verdadeiras lendas do Blues. Atualmente você é considerado um dos principais remanescentes do verdadeiro blues. Como lida com essa responsabilidade?
JH:
Adoro tocar. Essa é minha vida e minha paixão. Sou afortunado por ter conhecido tantos bons músicos e ter colaborado com eles. Saio em turnê doze meses ao ano, todos os anos desde que comecei.

EM: Você sente alguma espécie de reverência dos músicos mais jovens com relação ao seu trabalho?
JH:
Sim, mas isso é o que eu faço pra viver. Encaro de maneira profissional. Se eu puder comunicar o quanto eu amo essa música, espalhar o entusiasmo para essa música que eu acho ser tão importante e apaixonante para os outros quanto é pra mim, ligar as pessoas à essa música, serei uma pessoa muito feliz.

EM: Mais do que técnica, nesse gênero musical o mais importante é o sentimento envolvido.
JH:
Sim, é o mais importante. A técnica vem com experiência. Quanto mais você tocar melhor fica. Ainda acho que não sou capaz de tocar do mesmo jeito que ouço dentro da minha cabeça, mas estou sempre buscando (risos).

EM: Você gravou dezenas de clássicos em mais de trinta álbuns, um verdadeiro tributo ao blues. Parece ter feito tudo o que queria na carreira artística. O que motiva um artista com a sua bagagem? Viajar pelo mundo tocando em festivais como esse, por exemplo?
JH:
Quando comecei a tocar profissionalmente, encontrei pessoas que gostavam muito do que eu fazia e elas me encorajaram a continuar e eu fiz o melhor pra continuar crescendo como artista. Fui a todos os lugares, pois é muito importante viajar. Quando se é popular em apenas um lugar é difícil sustentar uma carreira no blues. Então, pelo tanto que viajei, pelo tanto que toquei, acabei ficando mais forte.

EM: Atualmente há muitos músicos que misturam o blues com rock and roll, funk, soul music e até o rap, qual a sua visão sobre isso?
JH:
Cada um tem o seu gosto. Eu gosto do estilo clássico e tradicional. É difícil articular, por em palavras esse sentimento. Para mim, estou impelido a fazer o melhor possível o que eu escuto em minha cabeça. O jeito que eu ouço os artistas que eu admiro, alguns ainda estão por aí tocando.

EM: Por outro lado, não sei se chega a ser um movimento, mas muitos artistas, como Corey Harris, Keb Mo, por exemplo, estão voltando à forma acústica de se fazer blues? É uma espécie de volta às raízes.
JH:
De tempos em tempos isso acontece e é ótimo os jovens descobrirem as raízes da música americana. Eu comecei tocando blues acústico. Quando comecei a formar meu gosto pelo blues, todos os artistas que eu admirava eram todos vindos do country blues, então eu quis continuar essa tradição. Mesmo quando eu toco com a banda ainda tento captar aquela qualidade que eu ouvia em músicos como Howlin’ Wolf, Muddy Waters, Little Walter e todos aqueles caras que vieram do country blues. A maioria dos meus shows são solo e acústicos. Não deixo de gostar de jazz, rock and roll, depende do momento (risos).

EM: Qual músico de blues você recomendaria hoje?
JH:
Bem, talvez ele já esteja aí por algum tempo, mas para mim ele é novidade, é o Alvin “Younblood” Heart. Outro é o jovem produtor de hip hop, G Love, que produziu o meu álbum Push Comes to Shove. Também Ruthie Foster, ela é fantástica, uma grande cantora.

EM: Em todas essas vezes que você veio ao Brasil, teve conato com a nossa música?
JH: Sim, tive contato com bons músicos... (nesse momento, Marla, que folheava a Revista ao Vivo mostra a matéria sobre os 20 anos do blues no Brasil com a foto do André Christovam). Sim, eu o conheço, é um cara fantástico, fomos à casa dele. Marla responde: “Conhecemos a Rita Lee”.

EM: Você gosta da Rita Lee?
JH:
Sim, fomos ao show dela. Vocês possuem grandes músicos, o Brasil é um país musical, tem a ver com o sentimento das pessoas.

EM: Fale sobre os músicos que o acompanham nesses shows.
JH: Tive muita sorte de encontrar essa banda, são musicos fenomenais, Bruce Katz toca teclados, Marty Ballou, baixo e Neil Couvin, bateria. Tocamos em dez ou doze shows juntos nos últimos dois anos. Conheço Marty Ballou há 25 anos, é um baixista fenomenal. Ele me apresentou ao Neil e Bruce Katz conheci em uma noite em que ele estava tocando com o Duke Robillard, fiquei louco ouvindo-o tocar. Há três anos chamei-os pra gravar Push Comes to Shove. Costumava chamar o baterista Stephen Hodges, mas ele estava gravando com Mavis Staples e não estava disponível. Estou muito feliz com esses caras na banda.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sesc Santos recebe em setembro Mostra Blues Brasil com oficinas gratuitas e shows


Serão três dias de muita música, entre 24 e 26, com programação que inclui oficinas de guitarra com Mauro Hector e Big Joe Manfra, e de gaita com Rodrigo Morenno. E ainda shows com Caviars Blues Band + Jam Session, Big Gilson Blues Band e Big Joe Manfra Blues Band



Dando seqüência às comemorações de 20 anos de blues no Brasil, o Sesc Santos, Harmonica Master, Revista Ao Vivo e Projeto Jazz, Bossa & Blues realizem um final de semana totalmente dedicado ao blues nacional.

É a segunda vez que a cidade recebe um evento reunindo artistas brasileiros com o objetivo de divulgar esse gênero que começou a ganhar adeptos a partir dos anos 80 e que não para de crescer.

A primeira vez foi em abril desse ano, quando os mesmos organizadores trouxeram à Santos os artistas Igor Prado (guitarra); Robson Fernandes e Big Chico (gaita) e Caviars Blues Band, para uma série de apresentações.

Dessa vez a Mostra Blues Brail 2009 vai reunir empresas ligadas à música e ao blues. Os patrocínios serão da maior fabricante de gaitas do Brasil, Hering Harmônicas; da gravadora Blues Time Records e das lojas santistas de instrumentos Harmonica Master e Calango Music.

Roteiro extenso: A grande festa começa com uma oficina na quinta-feira, dia 24 de setembro, às 15 horas, na Harmonica Master, única loja brasileira especializada somente em gaitas. Com o objetivo de minimizar o problema de falta de educadores nesse instrumento, Morenno ministrará uma oficina para iniciantes e interessados, com apresentação dos vários tipos de gaita e gêneros musicais.

No mesmo dia, às 21h30, na Lanchonete do Sesc, a Caviars Blues Band, formada por Alaor Neves (bateria), Ney Haddad (baixo), Xilo (guitarra) e Guappo (gaita e vocal), faz um show de blues atual e moderno. A proposta da banda de feras é a de um show de blues apostando em novas roupagens para os clássicos de Otis Rush, Eric Clapton, Sonny Boy Willianson, Albert King, Albert Collins, Robben Ford e Rolling Stones.

Fechando a primeira noite a Caviars vai convidar ao palco gaitistas de Santos para uma grande “jam session”.

Na sexta-feira, dia 25, às 15 horas, no Auditório do Sesc, é a vez de Mauro Hector revelar seus segredos da guitarra blues. O santista foi integrante do grupo Druidas até os anos 90, partiu em carreira solo gravando os discos Sonoridades e Atitude Blues e já prepara seu terceiro trabalho.

Às 21 horas, no Teatro do Sesc, o guitarrista Big Gilson, recém chegado de uma turnê pelo Canadá de seu mais recente trabalho, o CD Sentenced To Living, lançado no final de 2008. Considerado um dos maiores e mais produtivos guitarristas de blues brasileiros, Big Gilson faz parte do cast da gravadora Blues Time Records, patrocinadora do evento.

O sábado, dia 26, será dominado por um dos blueseiros brasileiros mais respeitados aqui e lá na fora: o produtor, compositor e músico Big Joe Manfra. O guitarrista carioca, idealizador e fundador da gravadora Blues Time Records, realizará uma oficina de guitarra às 15 horas, no Auditório do Sesc, e às 21 horas show no Teatro do Sesc.

Para provocar maior interação entre público e artistas, todas as pessoas que participarem das oficinas terão acesso às passagens de som das bandas.

E a Hering Harmônicas montará um stand no local para mostrar as melhores gaitas do mundo fabricadas pela empresa. Meia hora antes de cada show, Marcio Scialis, diretor executivo do Instituto Cultural Hering Harmônicas demonstrará ao público um pouco da história desse fascinante instrumento, contando com o apoio dos gaitistas Little Will e Geison Cezare (os três compõem o grupo "Harmônicos", tocando gaitas de diversos modelos ao mesmo tempo).


OBS: Clientes do Clube Assinante A Tribuna ganham 50% de desconto no preço dos ingressos (inteira).

Patrocínio: Hering Harmônicas e Blues Time Records

Apoios: Litoral FM, É Propaganda, Gráfica Mazzeo, Litoral FM, Supritec, Calango Music, Harmonica Master

Produção: Dois Por Quatro Comunicação

Serviço:
Mostra Blues Brasil

Datas e horários:
Dia 24, às 15h, oficina de gaita, e às 21h30 Caviars Blues Band. Dia 25, às 15h, oficina de guitarra com Mauro Hector, e às 21h Big Gilson Blues Band. Dia 26, às 15h, oficina de guitarra com Big Joe Manfra, e às 21h, show com Big Joe Manfra Blues Band

Endereços: O Sesc Santos fica na rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida. E a Harmonica Master na av. Epitácio Pessoa, 172/loja 40, no Embaré.
Preços: Caviars Blues Band – Lanchonete do Sesc - R$ 2,00, R$ 4,00 e R$ 8,00. Big Gilson e Big Joe Manfra – Teatro do Sesc – R$ 7,50, R$ 15,00 e R$ 30,00. As oficinas têm entrada franca.