terça-feira, 30 de novembro de 2010

Bob Corritone lança CD com "quem é quem" do blues


Texto: Eugênio Martins Júnior
Fotos: Arquivo pessoal Bob Corritone

Acordei ao meio dia da terça-feira, dia 23, e meio sonado li a mensagem: “Vem pra cá que o Ivan Márcio e o Bob Corritone estão descendo a Serra”. O Rodrigo Morenno da Harmonica Master armou uma visita e um almoço com o gaitista de Chicago em Santos.
Havia motivo para ter acordado tarde. Fui ao show do Paul McCartney no dia anterior. O show acabou às 00h30 e até chegar a Santos, tomar banho, comer e deixar a adrenalina baixar fui dormir lá pelas quatro da matina.
Mas a vida é assim e eu não desperdicei a chance de trocar umas ideias com ambos. Fui correndo ao encontro. Acabei, entre um filé de peixe com molho de camarão e banana à milanesa, saboreados com volúpia por Bob,  fazendo a entrevista abaixo. De quebra, vi o arquivo particular de fotos que Bob tem em sua máquina digital, uma verdadeira enciclopédia do blues.
Ivan Márcio, ex Prado Blues Band, agora em carreira solo, acabou de lançar um bom CD gravado na “wind city”: Chicago Blues Session Vol-1. Bob Corritone  lança pela Delta Groove, Harmonica Blues, disco com a nata do blues de lá. Entre os convidados: Little Milton, Koko Taylor, Dave Riley, Nappy Brown, Chief Schabuttie Gilliame, Bob Margolin, Chris James, Brian Fahey, Johnny Rapp, Buddy Reed e Eddie Taylor, Jr.
Ao final da turnê que fez por aqui, com o parceiro Dave Riley na guitarra, Bob aproveitou para um passeio antes de embarcar de volta para os Estados Unidos. Visitou afábrica de gaitas Bends e a mais completa loja especializada em gaitas do Brasil, a Harmonica Master.
Bob, que é endorser Hohner, babou nas gaitas da loja de Santos e aproveitou para uma jam inusitada com Ivan Márcio no violão e Serginho no baixolão. Tocaram três temas instrumentais até o Rodrigo entrar na roda e estragar tudo. Rê rê... brincadeira!

Eugênio Martins Júnior – O Rod Piazza me disse que o blues é música do banco de trás. Eu perguntei ao Lynwood Slim se ele concordava com essa afirmação e agora pegunto para você. Oque acha?
Bob Corritone – Não posso dizer que concordo plenamente. Acho que o o blues está muito vivo com relação a um grupo de pessoas que pode ser reconhecida como uma família. Conheço pessoas para quem o blues é tudo, como você, por exemplo. Você ama o blues. O Ivan Márcio vive para o blues. Muitas pessoas vivem para blues, mas ao mesmo tempo é uma música popular que não representa o “mainstream”. Então, a resposta a sua pergunta é sim e não. Se você for ao Buddy Guy Legends, Blues Music Awards, King Biscuit Blues verá que o blues está bem vivo.

EM – Essa é outra pergunta que eu faço a todos os blueseiros que passam por aqui. Quando foi a primeira vez que ouviu o blues?
BC – Ouvi Muddy Waters no rádio quando tinha 12 ou 13 anos. Ele mudou a minha vida. Naquele momento soube exatamente o que queria para o resto da vida. Ouvi elementos do blues e de rock naquela música nos anos 60 que representou tudo para mim. Era tudo o que eu queria. E daquele ponto em diante minha vida foi na direção do blues. Muddy Waters mudou tudo.

EM – Você nasceu e cresceu em Chicago. Ouviu e conviveu com muitas lendas do blues?
BC – Nasci em 1956, então cresci vendo muita gente. Nunca assisti Otis Spann, Elmore James, mas assisti Muddy Waters, Big Walter Horton, Howlin' Wolf. Alguns conheci pessoalmente, como Louis Myers, membro da banda do Howlin' Wolf; Lunnyland Slim, costumava ir a sua casa; Johnny Littlejohn e Lonnie Brooks e todos viraram grandes amigos. Conheci Little Mack Simmons, Carey Bell, Junior Wells  e todos esses caras que as pessoas amam.

EM – Você convivia com todos esses artistas?
BC – Sim, via-os regularmente. Era muito jovem nessa época, era um estudante e colhia todas as informações possíveis. Para um jovem músico, esse aprendizado foi preciosos para pegar noção sobre aquela música.

EM – Todos eles influenciaram sua maneira de tocar?
BC – Uma das minhas principais influencias foi ouvir a música de Little Walter, mas não o conheci pessoalmente, óbvio. Mas ouvi e vi Big Walter Horton centenas de vezes. Willie Myers era um grande gaitista e um grande guitarrista também. Good Rockin' Charles, Lester Davemport, são pessoas que eu admiro muito, mas que não são muito conhecidos. Caras que me mostraram o “tongue blocking”, outras técnicas e coisas maravilhosas. Coisas que tento fazer quando toco minha harmônica, manter viva a tradição, o som que eu ouvi em Chicago. Alguns desses caras já se foram, mas eu tento manter o som deles vivo de alguma forma.


EM – Esse seu novo álbum tem muitos convidados. Fale um pouco sobre isso.
BC – Você está falando do Harmonica Blues, que gravei pelo selo Delta Groove. São algumas de minhas gravações nos últimos 20 anos, de 1999 a 2009, que resolvi colocar em disco. E é, de certa forma, minha evolução como gaitista. Hoje tenho 54 anos e comecei a tocar harmônica aos 14. Uma das coisas que tentei fazer para estar perto do blues foi ser dono de um casa noturna, onde os músicos iam fazer grandes shows, meus artistas favoritos iam lá. Eu consegui colecionar grandes gravações.

EM – São gravações ao vivo no estúdio?
BC – Sim, ao vivo no estúdio. Tenho uma grande coleção de coisas antigas e resolvi escolher as melhores e juntá-las em um disco e chamá-lo de Harmonica Blues. Randy  Chortkoff, da Delta Groove, é um querido amigo por mais de 25 anos. Disse a ele que estava reunindo as músicas e ele imediatamente me chamou para fazer o CD. O álbum está recebendo uma boa recepção. Está no segundo lugar na parada da Living Blues Magazine e vendendo bem ao redor do mundo. Me parece que as pessoas estão gostando do álbum. Estou satisfeito, porque ele reúne algumas das minhas melhores parcerias durante anos. Pessoas as quais adorei tocar junto. Alguns dos maiores nomes do instrumento. Não tentei subjugar ninguém, ao contrario, tive muito respeito, porque são grandes artistas. Nomes como Koko Taylor, Little Milton, Robert Lockwood, HoneyBoy Edwards, Pinetop Perkins, Henry Gray, Willie “Big Eyes” Smith, Tomcat Coutney, Louisiana Red, Big Pete Pearson, Eddy Clearwater, Carol Fram, e muitos outros.

EM – Um verdadeiro quem é quem do blues?
BC – Sim, são artistas tradicionais que sempre admirei e a partir de certo ponto passei a ter algum tipo de relacionamento, tocamos em diferentes ocasiões, em diferentes épocas. Toquei muito tempo com Henrry Gray e sempre adorei estar ali.

EM – Você é músico, produtor dono de casa noturna, como faz para conciliar todas essas coisas?
BC – Sempre fui muito disciplinado. Parei de beber faz 25 anos. Achei que seria minha saída do mundo do blues (risos). Sempre tive de correr atrás da minha carreira, então passei a criar situações para tocar minha harmônica. Comecei a produzir discos aos 22 anos. Mudei para Phoenix em 1981 e comecei um programa de rádio em 1984. Continuei produzindo discos nesse período. Para fazer todas essas coisas você tem de manter o foco. Vivo a vida diariamente envolvido com essas coisas desde a hora que eu acordo até a hora de ir para a cama.

EM – É a sua primeira vez no Brasil. Você gostou?
BC Sim. Adorei o Brasil. Adorei a comida, fiz bons shows. Conheci pessoas maravilhosas como vocês. Conheci uma linda loja especializada em gaitas hoje. Fui recebido pelos meus amigos Igor (Prado) e Ivan (Márcio), que me mostraram muitas coisas. Estou muito feliz por estar aqui, adorei viajar pela América do Sul e em particular pelo Brasil. É uma honra pra mim estar aqui e compartilhar dessa grande cultura.

EM – Você conhece a cena de blues brasileira?
BC – Sim, Ivan, Igor Prado, Adrian Flores e um número de outras pessoas. Conheço muito a cena blueseira brasileira através do meu My Space que é muito popular por aqui. Faço muitos amigos músicos, foi como conheci Ivan. Sei que há grandes fábricas de harmônica no Brasil. Pessoas que ensinam a tocar, muitos festivais de blues. Conheço a força da música por aqui.

EM – Você que atua em tantas áreas ligadas à cultura, qual a importância do blues para os Estados Unidos?
BC – Acho que as pessoas ainda não sacaram o que significa a influência do blues na cultura americana, porque estão tão envolvidas pela música comercial. Nas lojas a seção de blues é sempre a menor. Nos anos sessenta e setenta você via Albert King tocando na TV. Tina Turner levava elementos do blues ao mainstream. Mesmo em  Chicago é difícil ouvir programas de blues no rádio. Eu podia ver inúmeros artistas tocando perto da minha casa. Acho que o blues não é amplamente divulgado. Parece que o blues não faz parte da música pop americana, quando ela tem muito de blues. Faz parte da fundação de muitas formas de música. Me sinto muito orgulhoso de fazer parte dessa cultura. O blues é muito maior do que qualquer moda ou pessoa e eu tento fazer a minha parte. Também tenho orgulho do reconhecimento que as pessoas dão ao meu trabalho, minha música. Amo o blues e todos os caras. Também agradeço por você estar aqui fazendo a entrevista, mantendo o interesse na música.

EM – Como você consegue o seu timbre? O que um músico iniciante precisa buscar para ter um timbre legal?
BC – Obviamente um bom professor que mostre os caminhos. Mas para pegar técnicas como o tongue blocking podemos ouvir os mestres como Walter Horton, Little Walter, ambos Sonny Boy Willianson, James Cotton. Ouça-os e eles vão te ensinar os segredos de obter um bom timbre. E todos tocam harmônica de forma diferente. Podemos tocar o mesmo instrumento, mas a biologia é pródiga e nossos pulmões, laringe e até a abordagem nos fazem diferentes na forma de tocar harmônica. Claro que se você quiser soar como Lazy Lester vai soar como Lazy Lester. Quer soar como James Cotton, vai soar como James Cotton. Quer soar como Ivan Márcio, vai soar como ele. A beleza de tocar harmônica é que cada um pode ser diferente. Mesmo assim, você querendo soar como alguém, terá seu próprio som.

EM – Qual equipamento você usa no palco? Sei que você é endorser da Hohner.
BC – Uso o microfone JT 30 (Astatic) com elemento de cristal. Uso as Marine Bands da Hohner e algumas harmônicas Joe Jelisco em ocasiões especiais. Uso também um a Hohner cromática 64. Quando estou na estrada uso os amplificadores disponíveis no momento, mas quando estou estou em casa ou no estúdio uso um Bassman 1958 ou um outro amplificador, também dos anos 50, um dos preferidos da minha coleção.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Paul McCartney toca 35 músicas em segundo show em São Paulo da turnê Up And Coming


Olha, tenho visto por aí algumas pessoas escrevendo, com certo desdém, que o repertório da turnê Up And Coming de Paul McCartney é 90% Beatle e que o público não conhece seu repertório solo. Tudo bem,  a mairia das músicas é msmo da banda, mas e daí, o cara não era um Beatle? Discussão mais improdutiva é impossível.
Brasileiro adora ser cínico. Críiticar por criticar. Ontem, 22/11/2010, o Morumbi estava lotado e não pareceu que as pessoas que se submeteram ao trânsito inviável de São Paulo e apanharam chuva se importaram com o repertório.mesmo porque sabiam o que ia rolar.
Além do mais o repertório dos Beatles é muito bom. Os ressentidos hão de concordar que se o Iggy Pop quiser tocar 1969, No Fun, Seek And Destroy os fãs não irão achar nada ruim. Ou alguém imagina oB.B. King vir ao Brasil e não tocar The Thrill Is Gone. Ou David Bowie omitir Ziggy Stardust e Man Who Sold The World.
Não que o repertório do ex Beatle seja ruim, ao contrário, é muito bom, como também eram o  repertórios de John Lennon e o do George Harrison, mas quem pagou o ingresso para os shows no Brasil queria  mesmo era ouvir Eleanor Rigbi, I Got A Feeling, Get Back e tantas outras. E não se decepcionou. 
Em quase três horas de show Paul fez a alegria da galera com um show emocionante e totalmente rock and roll acompanhado por Paul Wickens (teclado), Brain Ray (baixo e guitarra), Rusty Anderson (guitarra,) e Abe Laboriel Jr (bateria). Abe é mesmo quem você está pensando, filho do famoso baixista de jazz homônimo.
A chuva, que caiu a tarde inteira piorando o já caótico trânsito paulistano, deu uma trégua durante  o show e uma brecha nas nuvens deixou a lua cheia amostra. Perfeito. O show trancorreu sem sobressaltos, o som e os telões estavam perfeitos. Paul esbanjou vitalidade para a idade e tocou nada menos do que 35 músicas. 
Como já foi dito, clássicos que crescemos ouvindo. Sou de 1966, não peguei a avalanche Beatles, mas cresci ouvindo os caras nos anos 80, época prolífica para Paul McCartney solo e com o mundo já sem a presença de John Lennon. O show começou às 9h42 e terminou 0h30 eteve direito a dois retornos.
Desde seu lançamento, em março, a nova temporada da turnê Up and Coming, uma mega produção, à altura da importância de Paul McCartney, já foi vista por mais de 500 mil pessoas.

O segundo show de Paul McCartney em São Paulo contou com as seguinte músicas:

"Magical Mystery Tour"
"Jet"
"All My Loving"
"Got to Get You Into My Life"
"Highway"
"Let Me Roll It / Foxy Lady" (Jimi Hendrix cover)
"The Long and Winding Road"
"Nineteen Hundred and Eighty-Five"
"Let 'Em In"
"My Love"
"I'm Looking Through You"
"Two Of Us"
"Blackbird"
"Here Today"
"Bluebird"
"Dance Tonight"
"Mrs. Vandebilt"
"Eleanor Rigby"
"Something"
"Sing The Changes"
"Band On The Run"
"Ob-La-Di, Ob-La-Da"
"Back in the U.S.S.R."
"I've Got a Feeling"
"Paperback Writer"
"A Day In The Life / Give Peace A Chance"
"Let It Be"
"Live and Let Die"
"Hey Jude"
bis
"Day Tripper"
"Lady Madonna"
"Get Back"
bis
"Yesterday"
"Helter Skelter"
"Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band / The End"

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Peter Madcat está no Brasil para uma série de shows

Mais uma vez o selo carioca Blues Time Records traz ao Brasil um dos grandes gaitistas de blues da atualidade, o vencedor do prêmio Grammy, Peter Madcat. 
O músico será acompanhado pela banda de Big Joe Manfra e todos os shows terão a participação do gaitista Jefferson Gonçalves. A parceria já rendeu um ótimo disco gravado no Rio de Janeiro em outubro de 2004, o Live in Rio.
Definido pela Performance Magazine como um "virtuoso da harmônica que está rapidamente se aproximando do status de lenda", Madcat mostrará toda a técnica e feeling em clásicos da gaita, acompanhado por Big Joe Manfra (guitarra), Fábio Mesquita (baixo), André Carvalho (bateria) e Jefferson Gonçalves(gaita).
Veja fotos da turnê 2007 de peter Madcat, show no Teatro Coliseu em Santos:
http://www.flickr.com/photos/mannishblog/sets/72157624311409619/ 

Serviço

Dia 18 - Pocket Show Saraiva Megastore
Rua do Ouvidor 98 A - Centro - Rio de Janeiro

Dia 19 - Rio Rock & Blues Club
Rua Riachuelo, 20, Lapa, RJ (ingressos à venda na bilheteria)
Pista: R$ 60,00; Camarotes: R$ 80,00 
Lista amiga: R$ 50,00 (pista) e R$ 70,00 (camarote)
Quem confirmar presença no Facebook (http://www.facebook.com/#!/event.php?eid=146872758691906) será incluído na lista amiga com desconto.

Dia 20 - Local: Maria do Céu
End: Av Roberto Silveira 880 - Flamengo, Maricá - RJ
Hora: 23:00h
Inf. 
www.mariadoceumarica.com.br

Dia 25 - Local: Moinho da Estação Blues Festival
End: Largo da Estação Ferrea, Caxias do Sul-RS
Hora: 22:00h

Dia 26 - Local: Cultural Bar
End: Rua Halfeld, 513 - sala 327 - Centro, Juiz de Fora-MG
Hora: 01:30am
Info: (32) 3231-3388

Dia 27 - Local: Sesc Barra Mansa
End: Rua Tenente José Eduardo, 560 - Barra Mansa-RJ
Hora: 21:00h

domingo, 14 de novembro de 2010

Brasilianos de Hamilton de Holanda é um dos grandes discos da década


Essa semana, saindo um pouco do blues, escrevo a coluna Meus Discos abordando um CD brasileiríssimo de um artista praticamente desconhecido no país. Já havia me deparado com o nome Hamilton de Holanda em alguma leitura ou coversa de bar, mas nunca ouvido sua música. Foi em uma loja dessas redes em Sampa que ouvi o CD Brasilianos pela primeira vez, naqueles equipamentos com vários CDs disponíveis à audição. O ano era 2006, Brasilianos havia sido lançado recentemente.
Foi uma grande descoberta. Brasilianos é um ótimo disco, talvez um dos melhores de música brasileira instrumental da década. Sim, Brasilianos é todo instrumental, com temas executados por uma banda de feras, um quinteto de jovens músicos virtuoses: Daniel Santiago (violão), André Vasconcelos (baixo elétrico), Márcio Bahia (bateria) e Gabriel Grossi (harmônica). A produção é do prórpio Holanda e de Marcos Portinari. O CD saiu pela Biscoito Fino.
Sei que a palavra virtuose causa arrepios em alguns, mas em Brasilianos os caras usam o virtuosismo para o bem, em nome de lindas e complexas melodias. Tive a oportunidade de vê-los ao vivo no Rio das Ostras Jazz e Blues, festival que acontece no baléário carioca, foi na edição de 2007. No mesmo festival se apresentaram ainda Naná Vasconcelos, Romero Lubambo e Luciana Souza, grandes nomes do jazz mundial feito no Brasil.
A noite estava um pouco fria quando a banda de Hamilton de Holanda entrou, mas a competência dos músicos fez a platéia de cerca de 15 mil pessoas aplaudir de pé. Nunca havia visto tal feito por uma banda que toca música instrumental brasileira, uma mistura de samba, choro e jazz.
O baterista Márcio Bahia fez o que quis no intrumento, em determinado momento ele "tirou" Asa Branca com uma baqueta em sentido vertical no meio do tambor, enquanto tocava com a outra em volta explorando toda a pele do instrumento. Momento mágico. Eu estava do lado do cara e vi tudo com esses olhos que mãinha me deu.
Exetuando as faixas 7 e 10, todas as composições de Brasilianos são de Hamilton de Holanda. A faixa 7 é nada mais, nada menos do que O Trenzinho Caipira, de Villa Lobos. Começa irreconhecível para depois tomar forma e novamente ser "entortada". Se estivesse vivo, acho que Villa Lobos ia gostar. A décima faixa é Procissão, de Gilberto Gil, transformada por Hamilton em um "quase choro" até o improviso chegar.
A primeira, Pedra de Macumba, é um verdadeiro cascudo na cabeça. Pelo menos, na minha foi, entrei no mundo de Hamilton de Holanda com ela nunca mais esqueço.

Os Brasilianos em sentido horário: Santiago, Holnada, Vaconcelos, Bahia e Grossi.
    
Brasilianos, a segunda música do CD, começa lenta só pra enganar, mas é de uma melodia tão poderosa, daquelas que ficam no assobio durante dias. Brilha a gaita cromática de Gabriel Grossi.
Baião Brasil vem lenta e suave, mas também é pegajosa como piche em dia de calor. Santiago, Vasconcelos e mais uma vez Grossi mostram ao que vieram. Integração total dos músicos em um tema com execução maravilhosa. Assim também é Pra Você Ficar, a sexta faixa.
01 Byte 10 cordas é a quintessência. É a música central de um disco ao vivo de Holanda também lançado pela Biscoito Fino. A melodia é poderosa e o choro misturado com jazz come solto por mais de seis minutos. Além do nome bem sacado, esse tema mostra porque os músicos brasileiros são cada vez mais respeitados lá fora, tanto que a agenda de Hamilton é preenchida com datas na gringa, uma pena, músicos desse quilate deveriam ser mais respeitados em seu próprio país. Vendo pelo lado bom ele mostra a genialidade da nossa arte em vez de axé, sertanejo e essas porcarias que estão por aí.
O CD fecha com uma homenagem ao Pascoal: Hermeto Está Brincando tem quase cinco minutos e lembra mesmo o velho mestre. Pode entrar na loja mais próxima e dizer sem medo e bem alto: "Eu Quero!"

Músicas

1 - Pedra de Macumba
2 - Brasilianos
3 - Baião Brasil
4 - Caçuá
5 - 01 Byte 10 Cordas
6 - Pra Você Ficar
7 - Trenzinho Caipira
8 - Saudade do Futuro
9 - Valsa em Si
10 - Procissão
11 - Pra Sempre
12 - Dor Menor
13 - Hermeto Está Brincando


sábado, 6 de novembro de 2010

Delta Groove lança Brazilian Kicks com Lynwood Slim e Igor Prado Band

Delta Groove, um dos maiores selos de blues da atualidade, acaba de lançar Brazilian Kicks, CD gravado no Brasil pela Igor Prado Band e o gaitista e cantor californiano Lynwood Slim.
Nos dias 11,13 e 14 de Novembro os músicos se apresentam em um dos maiores festivais da Europa, o Lucerne Blues Festival, na Suiça. O show contará com a participação do guitarrista Kid Ramos. Este ano o festival recebe Hubert Sumlin, Ronnie Baker Brooks, Mavis Staples, Dave Specter e Jimmy Johnson.
Ainda em novembro, a Igor Prado Blues Band recebe no Brasil o saxofonista Gordon Beadle nas seguintes datas: dia 19, às 21h, com abertura da Big Chico Blues Band, no Royal Palm Plaza (Jundiaí/SP); no dia 20, às 22h, Bolshoi Pub (Goiania/GO); dia 26, às 23h, Moinho da Estação Blues Festival (Caxias do Sul/RS) e dia 27, às 20h, Pq. Salvador Arena (SBC/SP).
A Igor Prado Band é uma das bandas de blues mais ativas no cenário brasileiro. Está se tornando figurinha carimbada nos festivais internacionais, tanto na Europa, como nos Estados Unidos. No Brasil já tocou com Eddie C. Campbell, Steve Guyger, James Wheeler, Phil Guy, Mud Morganfield, R.J. Mischo, Gary Smith, Mark Hummel, Mitch Kashmar and Rick Estrin. 
Para ver as fotos dos shows de Igor Prado Band e Lynwood Slim em Santos, acesse: http://www.flickr.com/photos/mannishblog/sets/72157624311409619/

Brazilian Kicks traz
Linwood Slim  vocais, harmonica, e flauta
Igor Prado: vocais e guitarra
Rodrigo Mantovani: baixo acústico
Yuri Prado: bateria
Denilson Martins: saxpfones alto, tenor e barítono
Donny Nichilo: piano

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

São Vicente recebe I Virada Caiçara nos dias 06 e 07 de novembro


Neste final de semana, dias 06 e 07 de novembro, a I Virada Caiçara contará com mais de 50 artistas do Litoral Paulista e região do Grande ABC, envolvendo São Vicente, Santos, Praia Grande, Cubatão, Cananéia, Ubatuba e Paraty (RJ), além dos convidados de São Paulo, Diadema, Santo André e Mauá.
São 24 horas de programação com início às 17 horas do sábado, incluindo música, teatro, cinema, dança, circo, literatura e artes visuais, a Virada acontecerá na Praia da Biquinha, Praça Tom Jobim, Museu da Imagem e do Som (Cine 3D), Casa Martim Afonso e Parque Cultural Vila de São Vicente.
Segundo Márcio Barreto (Instituto Ocanoa e Percutindo Mundos), organizador do evento junto com o historiador Dionisio Almeida (Secretaria de Cultura de São Vicente), “ a Virada Caiçara é fruto de um longo trabalho de valorização e celebração de nossa identidade cultural, onde artistas do litoral paulista se unem, debatem e lançam seu olhar sobre quem somos.”
A Virada Caiçara é uma realização da Secretaria de Cultura de São Vicente e do Instituto Ocanoa e conta com o apoio do Instituto Camará, Instituto CAE – Vozes da Senzala, Instituto Artefato Cultural, Oficina Regional Cultural Pagu e Projeto Canoa.

Música

Os shows musicais acontecem na Praça Tom Jobim com:

Percutindo Mundos
Percutindo Mundos é um projeto experimental de música contemporânea caiçara, uma nova concepção musical, um universo livre e pulsante, mistura de ancestralidade, poesia, filosofia e contemporaneidade. Desde seu início atua na criação de instrumentos musicais. Coordena oficinas culturais, debates, palestras e encontros com artistas e pesquisadores (www.myspace.com/percutindomundos)

Wylmar Santos
Desde 2002, Wylmar Santos é cantor reconhecido por seu carisma e pelo repertório que apresenta nas noites da Baixada Santista, com a sensibilidade forte de um intérprete que empresta a cada canção uma identidade única.
Pesquisador de públicos e de canções, constantemente envolvido em projetos como Urubu Malandro e Baile dos Malditos, Wylmar está prestes a lançar seu primeiro disco, com músicas de Márcio Barreto (Percutindo Mundos), Jorge Lampa, Luiz GAdelha, Conrado Pouza, Bernardo Pellegrini, entre outros. As performances ao vivo trazem sons, histórias e olhares bairristas, urbanos, românticos e críticos. www.myspace.com/wylmarsantos

Julinho Bittencourt
Julinho Bittencourt, nascido em Santos/SP, em 1961, é cantor, compositor, jornalista e crítico de música. Tem vários discos gravados, além de trilhas para filmes, teatro e comerciais de televisão. Atualmente é assessor de imprensa do Ministério do Esporte e colunista de cultura do Jornal A Tribuna, de Santos, Revista Fórum entre vários websites e publicações em geral. www.myspace.com/julinhobittencourt

Danilo Nunes e Carrossel de Baco
Carrossel de Baco é a inspiração divina da canção, da poesia e do teatro. É uma banda cênica que entoa canções próprias. É a mistura da performance com a música e a poesia evocando os deuses do Olimpo e a seca do sertão para compor o cenário da musicalidade que permeia toda a sua apresentação. Instigante! Provocante! Ritmos acelerados do Maracatú, a malemolência do samba, o xote gostoso, a toada dos batuques... "que batuque é esse que vem lá da beira do mar...". Carrossel de Baco trabalha, em seus espetáculos, a fusão da música, do teatro e da poesia. Tem como tema, símbolos e sensações como, o amor, a paixão, o mar, o tesão, a guerra, entre outros, que estão diretamente ligados à deuses e mitos inspirados na mitologia romana e presentes em todo universo da cultura popular brasileira.Danilo Nunes (Vocalista), André Ricardo (Baixo), Gian Di Gregorio (Guitarra), Evan Junior (Bateria), Marco Aurélio - "Xabú" (Percussão). www.myspace.com/carrosseldebaco

Chama Maré - Paraty /RJ
Bem brasileiro, o forró completa, em 2010, 60 anos de sua primeira gravação por Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Em uma leitura atualizada para o século XXI, há quase uma década o forró universitário vem agitando os jovens e inovando o cenário nacional; com um tempero paratiense, essa é a proposta do grupo Chama Maré com seu forró caiçara. De formação jovem, antenada com o seu tempo, a principal característica do grupo é a retratação da identidade caiçara unida ao rítmo contagiante do forró e suas influências, com letras e melodias que transmitem o cotidiano local com muita alegria! O Chama Maré chegou para levar a cultura caiçara além, revelando ao mundo toda beleza, riqueza e força do povo de Paraty, balanceando e fazendo história! chama-mare.blogspot.com

Zéllus Machado e Trio Kaanoa
cantor, compositor, poeta, menestrel, ator e contador de histórias. Artista multimídia que atua com música, teatro e literatura explorando o universo popular caiçara. Lançou Livro Fadas, Fedro & Fibras, com temáticas concretas/caiçaras. Fez noite de autógrafos em todo o Nordeste nos idos de 86 a 90. Divulgou a Lenda caiçara do Tucano de Ouro neste livro por todo o Nordeste no show Caiçara Cigano. Autor dos Livros Mesmo Assim Eu Luto, Girassóis Recife Entes, Fadas, Fedro e Torpedos,  com grande critica social, ambiental, ecológica.
Ainda levou ao conhecimentos de irlandeses, escoceses e barceloneses a Cultura Caiçara. Autor de vários shows Poético-Musicais: Maldita M.P.B., Cigania Brasileira, Retalhos, com participação de Lenir Appes, Música Bandida, Amores, e atualmente criador da Trupe D'Areia, espetáculo teatral narrativo-poético-musical, e do Trio Kaanoa, musicas caiçaras com inserções de toadas nordestinas. Amante da Cultura Popular e baladas urbanas e celtas. www.myspace.com/zllusmachado

Forró do Moitará
Formado por Jorge Lampa (voz/violão), Maurício Sandália (voz/pifes), Fernando Santos (zabumba) e Paulo Infante (triângulo e percussão), com muito forró pé de serra, coco e cirandas para agitar o público

Olhos de Carla
Fundada pelo compositor e produtor musical Daniel Mac Adden Junior em 1996 - Santos /SP, com o intuito de evidenciar seu trabalho autoral, uma fusão de rítmos e raízes com uma pitada psicodélica e progressiva. www.olhosdecarla.com.br/

Índios Guarani Mbyá de São Vicente /SP
com sua cultura milenar os índio Guarani Mbyá de São Vicente /SP mostram sua dança e sua música que ao compartilhar suas expressões culturais tem o condão de aproximar o olhar da cidade para o saber e demonstrar a sua contribuição na cultura caiçara.

Os Pícaros
Os PÍCAROS, mais que uma banda, é um projeto MUSICAL. Sem se iludir com fórmulas de sucesso, o trabalho do GRUPO é essencialmente EXPERIMENTAL, porém de fácil compreensão e assimilação, pois não tem a pretensão de soar “ESTRANHO” ou “COMPLEXO”, e sim “ORIGINAL”. O conceito musical dos PÍCAROS, não se prende a regras de teorias rítmicas ou harmônicas, ou a perfis pré-estabelecidos pelo mercado fonográfico. Consiste apenas, em explorar as várias sonoridades brasileiras (samba, frevo, maracatu, etc.) e estrangeiras (rock, blues, soul, ska, reggae), causar ou não a fusão entre elas, trilhar novos caminhos. O GRUPO se preocupa, tão somente, em explorar velhos e novos timbres, mesclá-los, apurá-los, incorporando-os à sonoridade de seu trabalho. No repertório dos PÍCAROS é especial observar, o uso de citações de outros autores. Frases melódicas e poéticas, trechos de canções, fazem parte do arranjo. Assim como o RAP se utiliza do “SAMPLE” , o grupo também se utiliza das citações, para “AMPLIFICAR” a sua comunicação com o público.


Teatro de rua e circo
Na praça da Biquinha apresentações de Teatro de Rua e Circo com os grupos:

Gaia’thos Cia de Circo e Escola Livre de Circo - Oficina Pagu
O nome Gaia'thos vem de (Gaia) Terra , o planeta em sua biologia e (Athos) cena. Para o grupo, o sentido do nome é algo como atuar em prol do bem estar de todos através da educação, entretenimento e divulgação da arte. Ex-alunos das Oficinas Pagu formam Gaia'thos Cia. Circense. Apesar do pouco tempo de existência da Gaia'thos, os integrantes têm a favor a experiência adquirida em outras atividades artísticas e esportivas como dança, balé, teatro e capoeira. 'Cada um tem sua carta na manga, eu treino capoeira há mais de dez anos e isso me ajudou muito para aprender figuras no tecido acrobático', conta Maíra de Souza, que também é professora de Educação Física.

Grupo Ubacunhã - As Lavadeias de Rio e seus Amores de Mar - (Ubatuba /SP)
O projeto As Lavbadeiras de Rio e Seus Amores de Mar, de autoria do artista ubatubense Bado Todão, retrata as lavadeiras de rio e o pescador artesanal, estas funções, remanescentes das culturas ancestrais do Brasil, norteiam esta Ópera Popular. O projeto tenta fazer uma reflexão acerca do tema: Cultura Tradicional, enfocando sobretudo o antigo povo do litoral paulista, o caiçara. Retraduzindo as suas manifestações, a sua musicalidade e ritmos, os seus costumes e mitos, e principalmente a mais intrínseca relação deste povo, manancial de brasilidade, com a criação e reflexão poéticas. “As Lavadeiras de Rio e seus Amores de Mar” será, certamente, um documento artístico de relevância para, além de resgatar a estima dos últimos representantes deste povo, apresentar às novas gerações uma leitura artística da importância desta gente na construção dos valores da nossa sociedade. O projeto propõe ser um veículo de resgate à poética tradicional caiçara, reenfocando as manifestações ancestrais através de suas músicas, letras e ritmos e lhe dando um fardamento artístico contemporâneo. Desenvolvido pelo Grupo de Cultura Popular “Ubacunhã” da cidade de Ubatuba, litoral norte de São Paulo, o projeto de montagem desta Ópera Popular tenta absorver novas estéticas de profissionais das áreas de teatro, música e dança, para com isso agregar novos valores e conceitos. grupoubacunha.blogspot.com/

Capoeira com Mestre Sombra – Vozes da Senzala (Instituo CAE)
Roberto Teles de Oliveira, Mestre Sombra, nasceu no 6 de fevereiro de 1942 em Santa Rosa de Lima (Sergipe), numa família de pequenos comerciantes.Trabalhou na construção em Aracaju. Em 1962, mudou-se para Santos, SP. Fiz diversos tipos de serviços. Em 1963 entrou no grupo de capoeira Bahia do Berimbau, do Mestre Olímpio Bispo dos Santos, baiano de uns 60 anos, aposentado do sindicato dos ensacadores. Em 1968, começou a trabalhar nas Docas de Santos. O grupo jogava a capoeira em Itapema (hoje Vicente de Carvalho); mudou-se, com bastantes dificuldades, para Santos, depois da morte do mestre em 1972, época em que o agora mestre Sombra passou a assumir o cargo na associação de capoeira então chamada zumbi. Em 1974, a associação registou-se na Federação Paulista de capoeira, mudando o nome para Senzala. Em 1975, conseguiu o salão onde até hoje se encontra, na rua Brás Cubas, n. 227. A academia de capoeira Senzala tem formado várias gerações de professores e mestres, sendo a obra de Mestre Sombra conhecida e reconhecida em Santos e na baixada santista tanto através dos inúmeros eventos e apresentações em que a Senzala tem participado e organizado que graças ás academias abertas por formados do mestre. Mestre Sombra tem sido coordenador do Conselho da Comunidade Negra de Santos. Em 1993, se aposentou das Docas, abrindo um comércio de modas e roupa de capoeira, o Bazar Senzala, em Santos. Em muitas ocasiões está chamado para viajar para o Brasil, a Europa e a América, a fim de dar força e apoio aos seus ex-alunos no ensino da capoeira.

Falou mestre Sombra...
Mestre Sombra gosta de falar àquelas frases que você vem relembrando sem saber se você entendeu mesmo o que quer dizer, frases de poeta para homem pensar:
Jogar capoeira é pôr o corpo em oração.
Capoeira luta sem vencer, por isso vence sem lutar.institutocae.blogspot.com/

Acontecerá também a manifestação “Eureca” do Instituto Camará de apoio à criança e ao adolescente.

Cinema

O Museu da Imagem e do Som (Cine 3D) terá exibição do “Olhar Caiçara”, filmes selecionados no 8° Curta Santos, “Caiçarismos”, curtas de novos autores do Litoral Paulista e os trabalhos da Oficina Querô. www.curtasantos.com.br/
www.oficinasquero.com.br/

Serão apresentados os documentários "Olhar Caiçara" e "Viola Peregrina", importantes trabalhos que retratam a cultura caiçara tradicional.

Dança

A mostra de dança contemporânea será apresentada no Museu da Imagem e do Som (Cine 3D).

Célia Faustino
Formada em Ballet Clássico pela Escola Municipal de Ballet em Santos e pela Royal Academy of Dancing. Especialização em Dança Moderna nas técnicas Grahan e Limón e em Consciência Corporal com Klauss Vianna. Formada pela Escola Brasileira de Eutonia e pela Escola do Movimento Ivaldo Bertazzo. Inicia carreira solo como intérprete-criadora em 1994. Participou de Bienais de Dança no SESC / Santos. Atualmente é diretora do Espaço de Consciência Corporal Célia Faustino, e participante do grupo experimental de música contemporânea caiçara “Percutindo Mundos”. celiafaustino-conscienciacorporal.blogspot.com/

Poliana Nataraja
Poliana Nataraja cria um novo projeto em cima do conceito “ Live Performance”, fundindo arte e espiritualidade em uma só esfera. Tendo a Arte Visionária como forte exteriorizadora da percepção intuitiva e sensorial . Usa seu corpo como instrumento de exteriorização da energia feminina doada pela grande Deusa Mãe. Resgatando valores ancestrais da conexão Homem-Universo, louvando sempre a Natureza em sua totalidade. http://www.youtube.com/watch?v=7BbAgH4KR5Q

Virginia Sposito
Formada em Ballet clássico e sociologia atualmente ministra aulas de Dança Ritual e trabalha com coreografias que refletem a necessidade de ritos corpóreos.

Jayme Lopes
Pesquisador e arte-educador em dança e musicoterapia.

Fernanda Carvalho
Participou da Companhia de Ballet Clássico Maria Olenewa/SP e após cursou Dança Contemporânea e Contato e Improvisão no Estúdio Nova Dança/SP. Desenvolve a proposta do Improviso e Consciência Corporal na Dança e atualmente ministra oficinas e aulas na ONG Camará/SV.

Literatura

Dentro da programação que acontecerá na Casa Martim Afonso o “8° Sarau Caiçara” contará com a participação dos escritores:

Flávio Viegas Amoreira
Escritor, crítico literário e jornalista; já lançou oito livros entre poesia, contos e romance; colabora com diversos jornais, revistas literárias e sites especializados em Arte. Faz parte da denominada´Geração 00´, autores de vanguarda surgidos no começo do século, foi traduzido e adotado por universidades européias e norte-americanas . Fundador com Gilberto Mendes do “Fórum Santos Cultural”, de resgate das tradições de vanguarda e cultura do Litoral Paulista e do "sentimento atlântico do mundo". www.germinaliteratura.com.br/2008/flavio_viegas_amoreira.htm

Ademir Demarchi
Nasceu em Maringá-PR, em 07.04.1960, e reside em Santos-SP há 15 anos, onde trabalha como redator. Formado em Letras/Francês, com Mestrado (UFSC-1991) e Doutorado (USP-1997) em Literatura Brasileira, é editor da revista BABEL, de poesia, crítica e tradução, com seis números publicados de 2000 a 2004. É autor de Passagens – Antologia de Poetas Contemporâneos do Paraná (Imprensa Oficial do PR, 2002); Volúpias (poemas, Florianópolis: Editora Semprelo, 1990); Espelhos incessantes ("livro de artista" com poemas do autor e gravuras de Denise Helena Corá, edição dos autores, Santos: 1993; exposto no Museu da Gravura em Curitiba no mesmo ano); Janelas para lugar nenhum (poemas, com linoleogravuras de Edgar Cliquet, edição dos autores, Santos: 1993; lançamento feito em Curitiba, no Museu da Gravura, no mesmo ano). Além desses trabalhos, o autor tem também poemas, artigos e ensaios publicados nos livros Passagens – Antologia de Poetas Contemporâneos do Paraná (Imprensa Oficial do PR, 2002); 18 Poetas Catarinenses – A mais nova geração deles (ed. e org. Fábio Brüggemann, FCC Edições/Editora Semprelo, 1991); e em periódicos como Literatura e Sociedade (São Paulo, USP); Medusa (Curitiba-PR); Coyote (São Paulo-SP), Oroboro (Curitiba-PR), Jornal do Brasil/Idéias; Rascunho (Curitiba-PR); Jornal da Biblioteca Pública do Paraná; Babel (Santos-SP); Sebastião (São Paulo-SP); Los Rollos del Mar Muerto (Buenos Aires, Argentina) e sites, entre eles, as revistas eletrônicas Agulha, El Artefacto Literario, Tanto e Critério. www.germinaliteratura.com.br/ad.htm

Marcelo Ariel
Nascido em Santos (SP) em 1968 e criado em Cubatão, Marcelo Ariel estreou na poesia com o livro "Me enterrem com a minha Ar-15" (Dulcinéia Catadora, edição artesanal, 2007); depois lançou os livros "Tratado dos Anjos Afogados" (Letraselvagem, 2008) e "O céu no fundo do mar" (Dulcinéia Catadora, edição artesanal, 2009). Poeta e dramartugo, Marcelo Ariel tem recebido críticas em jornais como a Folha de S. Paulo e publicado poemas em revistas literárias como a Cult. teatrofantasma.blogspot.com/

Lucius de MelloMestrando em Literatura Hebraica na USP e pesquisador do LEER - Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação e do ARQSHOAH - arquivo virtual do holocausto e antissemitismo - também da USP, atualmente trabalha como roteirista do programa Hoje em Dia da Tv Record. http://back2003.en.epochtimes.com/news/7-10-21/60841.html

Jorge Lampa
Músico, poeta e compositor. Graduado em música popular, mestre em Artes e doutor em Música, com temas de pesquisa em Congada Mineira e religiões afro-brasileiras, através do Instituto de Artes da Unicamp. Participou de vários trabalhos entre eles, o espetáculo "Ihu - Todos os Sons", de Marlui Miranda, pelo Coralusp. Criador das bandas "Jambêndola", "Lampa" e "Grooveria Salve, Jorge!". Ministrou oficinas no Centro Cultural São Paulo, Instituto Itaú Cultural. Realizou atividades no projeto Curumim e de programação no SESC SP . Participou, como músico, do espetáculo "Refavela - refazendo o sentido", do Instituto Arte no Dique e Associação Projeto Tam Tam; fez a direção musical do projeto "90 anos de Jackson do Pandeiro",. Atualmente encabeça o coletivo "Palavrório" e faz parte da equipe do Projeto Teatro a Bordo (www.teatroabordo.com.br) e participa do “Forró do Moitará” e escreve para o blog “Trilha e Tradição” da Revista ao Vivo. Prepara com todo carinho o lançamento de suas canções e versões para os próximos meses. Apresentará o "Projeto Palavratório - A palavra e os sentidos, no canto, no verso e na prosa. Em alto e bom som." papolampa.blogspot.com/

José Geraldo Neres – Santo André /SP
Da nova geração de poetas de Diadema-SP, vem desenvolvendo uma poesia lírica, na qual se percebe cada vez mais a tendência à concisão. Parte de sua produção se volta para a temática social, como a presente na antologia "Poética Social: tempos perplexos", coordenada por Beth Brait Alvim, pelo Departamento de Cultura de Diadema, 2002. Obra que certamente o inspirou a editar na Internet a revista homônima, "Poética Social", da qual tenho a satisfação de ser um dos colaboradores. Nesse setor, sua poesia se revela vigorosa, manifestando-se em prol das minorias, dos excluídos, da paz e da justiça entre os homens. Outra vertente do poeta se revela mais complexa. Temos poemas de forte simbolismo, não raro recorrendo a imagens surrealistas e ao realismo fantástico. Talvez por essa razão, inclusive, sua poesia venha tendo boa receptividade por parte de editores de sites de língua hispânica, que têm divulgado o trabalho do autor. neres-outrossilencios.blogspot.com/

Edson Bueno de Camargo – Mauá /SP
Escreve algumas coisas que acabam se chamando poesias pela boca dos outros, despudoradamente concorda. Já está se tornando uma espécie de eminência parda em sua cidade, Mauá - SP: tipo louco da aldeia ou bêbado conhecido. Tem algumas coisas publicadas em livros, coletâneas e pela Internet afora. Teme que se parar de escrever, torne-se invisível aos poucos.
Edson Bueno de Camargo nasce em Santo André - SP, em 1962, mora em Mauá – SP. Publicou: “cabalísticos” coleção Orpheu – Editora Multifoco – Rio de Janeiro – 2010; “De Lembranças & Fórmulas Mágicas” Edições Tigre Azul/ FAC Mauá -2007; ”O Mapa do Abismo e Outros Poemas” Edições Tigre Azul/ FAC Mauá -2006, “Poemas do Século Passado-1982-2000”, participou de algumas antologias poéticas e publicação literárias diversas. Participa do grupo poético/literário Taba de Corumbê da cidade de Mauá –SP. 1º lugar nacional - 6º Concurso Literário de Suzano – Categoria Poesia - 2010; 1º lugar nacional - 4º Concurso Literário de Suzano – Categoria Poesia - 2008; 1º lugar do Prêmio Off-FLIP de Literatura – 2006 – categoria Poesia. inventariodn.blogspot.com

Meire Berti
Maestrina, pesquisadora, folclorista e escritora, Meire Berti Gomieiro da Fonseca é autora do livro "Essa gente a Beira Mar".

Chirstina Amorim
Escritora, pesquisadora da cultura caiçara, fotógrafa e editora do Jornal Martim Pescador, Christina Amorim é autora do livro "Café com Peixe". www.jornalmartimpescador.com.br/

Hermes Machado
Nasceu em São Paulo em 1962 onde morou até 2002. Atualmente reside no litoral sul do estado de S.Paulo. É autor do romance "Vitória na XXV". Possui contos e crônicas publicados no Jornal 'Folha da Cidade' em Itanhaém - SP e atualmente empreende esforços para lançar seu próximo livro. http://pt.netlog.com/hermestiger

Madô Martins
Escritora e jornalista, Madô Martins é autora dos livros: Doce Destino (poesia –esgotado), Paixão e Morte(contos), Pensando em Verso (infantil –esgotado), O Jacaré da Lagoa (infantil – esgotado), Alfabeto do Vento (haicais – esgotado), Uma vez em 2284 e outras histórias planetárias (contos futuristas), Três meses no Japão (crônicas de viagem) e Vôo da Borboleta- o mais recente, de crônicas.

Regina Alonso
É santista. Prêmios: Conto/Mapa Cultural Paulista 2007-2008. Haicai: XVI Encontro Brasileiro de Haicai; 23º e 25º Concurso Takemoto e Irati/100 Anos. Autora de “Ofício”/poesias, “Ondas vão e vem”/haicai e do texto/dramaturgia “Refavela, refazendo o sentido”, direção de Renato Di Renzo. Integrante do Grêmio Caminho das Águas e do Grupo Poetas Vivos. Coordena o Projeto “Café com Letras”/AMBEP – Associação dos Mantenedores e Beneficiários e da Petros/Santos.

Alessandro Atanes
37 anos, jornalista, é especialista em História e Historiografia e mestre em História Social na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP) É também músico e compositor. revistapausa.blogspot.com/

Márcia Costa
Jornalista com experiência em televisão, impressos (jornal e revista), internet e assessoria de imprensa, atuou nas cidades de Juiz de Fora, Rio de Janeiro, Cuiabá e Santos, onde criou a empresa Cais das Letras Comunicação. Trabalhou nas ongs Projeto Arte no Dique e Camará e integra o Fórum da Cidadania de Santos. Por quatro anos, prestou assessoria de imprensa para o Sesc Santos. Foi professora na Unimes por dois anos. É especialista em História e Historiografia e mestre em Jornalismo Cultural pela Metodista (bolsista Capes). http://www.artefatocultural.com.br/

Beto Volpe
Beto Volpe é ativista e fundador da ONG Hipupiara, uma das principais referências no combate à Aids na região, que presta assistência a portadores do vírus HIV. Sua luta rendeu-lhe o título de Cidadão Hemérito de São Vicente. “O ativismo me ensinou que é necessário ter humildade para vencer na vida. É impossível ser feliz sozinho e eu precisei ter o apoio de muita gente para não desistir”.

Aertes Plásticas - Artes Plásticas incluirão fotografia, escultura, e grafite expostas na Casa Martim Afonso e no Museu da Imagem e do Som.

Fotografia

Adilson Félix
Agraciado recentemente com o Prêmio Nacional “Mário Quintana”, fotógrafo nascido em São Vicente, SP, morou na Baixada Santista até ir para São Paulo. Estudou Fotografia na Escola PAnamericana de Arte. Foi para Paris, onde vivei 18 anos trabalhando com jornais e revistas do Brasil e de outros países. A experiência na colaboração com veículos de diferentes linhas editoriais, vai de reportagens sobre diversos assuntos por países da Europa, como o circuito de moda internacional prêt-à-porter e alta costura, pautas em Israel e Palestina, conflitos e fome no Sudão, epidemia de AIDS em Uganda, fotos no Quênia, Ruanda, Tanzânia, cobertura de viagens oficiais de república, governadores e outros políticos, espetáculos culturais, retratos de personalidades e artistas de diferentes horizontes, trabalhos em decoração para criadores e revistas especializadas e fotos de moda. A possibilidade do contato com vários segmentos da fotografia, passando de um tema a outro, fez com que, técnica e experiência, se somassem para desenhar um trabalho bastante eclético. www.adilsonfelix.com/

Biga Appes
Especializou-se em fotografia em cursos realizados na Escola Panamericana de Arte e no Museu Lasar Segall, em São Paulo, além de oficinas com os fotógrafos santistas Araquém Alcântara, Ernesto Papa e J.A. Sarquis. Ao longo de seus vinte anos de profissão, atuou no jornalismo como repórter fotográfica de “O Globo”, “Agência Estado”, “Jornal da Orla” e “Diário do Litoral”. Também coordenou dezenas de oficinas de fotografia para diversas instituições, entre elas: Sesc / Santos, Secretaria de Cultura de Santos, Universidade Católica de Santos, Centro de Atenção Psicossocial Camará (São Vicente) e Delegacia Regional de Cultura / Oficina Cultural Pagu.

Tito Wagner
Formado em Educação Artística e Jornalismo, Tito Wagner possui Curso de Aperfeiçoamento em Fotografias de Espetáculos pelo SENAC e Dirige e Coordena o Estúdio Cenodramático para Artistas, denominado “Tito Wagner – Comunicação & Arte”. Fotógrafo Documentarista dos principais Festivais de Teatro e Grandes Eventos da região desde 2001, como: FESTA – Festival Santista de Teatro, FESCETE – Festival de Cenas Teatrais, FESTES – Festival Santista de Teatro Estudantil, Escola de Bailado Municipal de Santos, Balé da Cidade de Santos, FESTITHO – Festival Interno de Teatro do Henrique Oswald, TESCOM – Escola de Teatro e Agência de Artistas e Técnicos.

Raquel Ramires
Fotógrafa e produtora cultural.

João Fellipe - um fotógrafo caiçara pelo mundo
Durante 22 anos morando entre New York City, Cliffside Park em New Jersey e Maui no Hawaii, Estados Unidos, trabalhou como FreeLance para algumas revistas brasileiras e americanas. Seus assuntos preferidos sao, gente, arquitetura, sports, natureza dentre outros. Com exposições em New York, New Jersey e quatro em Santos, sua cidade natal. João Felippe firma-se como um fotógrafo voltado para questões que abragem o sentimento de liberdade e a eterna curiosidade pelo mundo. www.photografia56blog.blogspot.com/

Giba Paiva Magalhães
Fotógrafo

Helena Araújo
Fotógrafa da novíssima geração santista, a estudante Helena Araújo é uma grande promessa da fotografia em nossa região.

Roberto Melchior
Roberto Melchior Soares dos Santos é graduado em Educação Física pela Escola de Educação Física da Polícia Militar. Graduado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Católica de Santos. Mestre em Educação e Cultura pela Universidade Gama Filho do Rio de Janeiro. Diploma de Estudos Avançados (DEA) pela Faculdade de Geografia da Universidade de Santiago de Compostela. Doutorando em Geografia Humana pela Universidade de Santiago de Compostela/Espanha. Autor dos livros: "Id e Eu no Caminho de Santiago de Compostela"; "Coisas de criança"; "Diário de um D.Juan Pós-Moderno.

Isabel Nascimento
Educadora e fotógrafa, Isabel Nascimento procura expressar a fotografia através de sus contrastes e saturações poéticas.

Esculturas:

Anak Albuquerque e Giovane Nazareth - Projeto Aluminarte
Trata-se do encontro dos trabalhos de Anak Albuquerque (mosaicista) e Giovane Nazareth (escultor) em busca de desenvolvimento e criação através da fundição de alumínio. O trabalho de Anak consiste na criação de Mosaicos com pastilhas de vidro e outros elementos, agregando texturas diversas. Já o de Giovane baseia-se na elaboração de peças a partir do Metal e sucatas que são transformadas em obras de Arte.

Chico Melo - Ateliê 44
Artista Plástico e pesquisador Chico Melo desenvolve seu trabalho junto ao Ateliê 44, um dos principais coletivos de arte do litoral paulista.

Galeno Malfatti - Esculturas em Equilíbrio
Sobrinho-neto de Anita Malfatti, é um artista capaz de transformar o óbvio da vida em encantamento, mágica. Tendo experimentado a arte em suas diversas vertentes, da pintura à escultura, passando pela música e luthieria, desenvolveu a “arte do equilíbrio”, esculpindo o equilíbrio com os mais diversos materiais, dando à escultura a plasticidade do movimento e a consistência do efêmero, trabalhando com contra-pesos e eixos de gravidade.

Cris Oliveira
Esculturas em Areia.

Fabrício Lopez - Estúdio Valongo
Trabalha e vive como artista plástico em Santos e São Paulo. Mestre em poéticas visuais pela ECA – USP sob orientação de Cláudio Mubarac, é membro fundador da Associação Cultural Jatobá – AJA e do Ateliê Espaço Coringa, que entre 1998 e 2009 produziu ações coletivas como: exposições, publicações, vídeos, aulas, intercâmbios e residências artísticas. Participou de diversas exposições coletivas: Trilhas do Desejo - Rumos Itaú Cultural, X Bienal de Santos (1° prêmio), Novas Gravuras – Cité Internationale des Arts /Paris –FR e Arte Contemporânea no Acervo Municipal – Centro Cultural S. Paulo. Participou do Encontro Panamericano de Xilogravura em Trois Riviérès no Canadá e do programa de residência como artista convidado no Atelier Engramme na cidade do Québec. Realizou exposições individuais na Estação Pinacoteca - SP e no CCSP, integra os acervos públicos da Pinacoteca Municipal e do Estado de SP, Casa do Olhar – Sto André e da Secretaria Municipal de Cultura de Santos. Implantou um ateliê no bairro do Valongo, no centro histórico da cidade de Santos, onde desenvolve seu trabalho poético. Desde 2008, coordena o Ateliê de Artes no Instituto Acaia na Vila Leopoldina em São Paulo. estudiovalongo.wordpress.com/

Nice Lopes
Ilustradora nas melhores horas, nascida em Santos/SP, formada em Publicidade, apaixonada por ilustração, moda, boleros, Tim Burton e espumantes. http://nicelopes.blogspot.com/

Claudiano Xavier Artista Plástico.

Coletivo Action
De modo descompromissado e único, o Coletivo Action procura a identidade cultural santista através de meios não convencionais. Formado pelos santistas Rui e Raphael, o coletivo vem mostrando nos últimos tempos um lado diferente na produção e na abordagem, através de música negra, artes e caranguejo, numa deliciosa caldeirada tipicamente caiçara. E, claro, fazendo tudo isso de forma letárgica e com sacadas típicas de quem faz barulho com formas geométricas. http://www.coletivoaction.com/

Evelise Aguião
Evelise ingressou às artes com uma diversidade de estilos e técnicas. Buscando aliar em seus objetos de criação, sejam para decoração, vestuário, telas ou tecidos um mix de técnicas . Seu trabalho é reflexo de sua personalidade onde a harmonia,e a busca espiritual são espelhados através de símbolos e significados que podem ser sentidos com um simples olhar.

Maurício Adinolfi
Vive e trabalha em São Paulo. É artista plástico, formado em Filosofia pela Unesp. Estudou com Dudi Maia Rosa, Rodrigo Naves e Agnaldo Farias. Desenvolve o projeto de pintura “Cores no Dique” em Santos - SP com apoio da Funarte e Secretaria de Cidadania Cultural e o projeto Sobre Mar madeira e outros Animais – Ed. Copan – ProAc, São Paulo /SP.. Participou da Mostra Ruptura ConTradição na Teia Naciona 2010 em Fortaleza e também do 61° Salão de Abril. Em 2009 foi selecionado para a bolsa Iberê Camargo, participou do 15º. Salão da Bahia; do Salão Unama; do Salão de Santo André; Expôs na galeria Favo; Espaços FUNARTE Artes Visuais, São Paulo/SP ; Pinturas – Fundação Cultural de Blumenau, Blumenau / SC. Anatomia do Instante na Oficina Cultural do Estado, Bauru/SP. Bolsa-Residência, Projeto Atelier Amarelo. Secretaria da Cultura do Estado/ SP. http://mauricioadinolfi.blogspot.com/

Guilherme Handro
Luthier e percussionista é idealizador do projeto "Círculo de Tambores".

Grafite e Rap

Hugo Leal - Interagestúdio
Desenvolve seus trabalhos a partir do grafite junto ao Interagestúdio - coletivo de arte e grafite.

Valério da Luz -Ateliê 44
Artista plástico e arte educador, Valério da Luz desenviolve sua arte junto ao Ateliê 44.

Cid Maia
Artista plástico e Arte Educador, nasceu em Santos em 1963. Sua obra é composta de pintura mural, pintura sobre tela e madeira, esculturas em ferro solda,e grafite. Desenvolveu o seu trabalho em Santos, São Paulo e Barcelona, Espanha. Em São Paulo teve experiência na produção de cenários para teatro e cinema. Na Espanha interage com grafiteiros europeus, expõe telas e cursa pós-graduação em Arte Educação. Sua pesquisa atual no campo das artes tem como principais pontos intervenções urbanas e novas linguagens. Atualmente trabalha em São Vicente em projeto educacional onde ministra aulas de desenho e pintura mural, e integra o Atelier Oficina 44 em Santos. www.cidmaia.blogspot.com

Ruídos Negros - Praia Grande /SP
Com 20 anos de estrada e participando ativamente do movimento hip-hop, o grupo de rap Ruídos Negros, de Praia Grande, mostra seu espaço no cenário nacional e conta um pouco de sua história. www.myspace.com/ruidosnegros

Teatro

No Parque Cultural Vila de São Vicente

“O Padre de Vera Cruz" com Rodrigo Caeser

"Pindá, A Menina do Mar", texto baseado no livro homônimo de Lucas Carrasco encenado pelo grupo Ciranda Caiçara.

O projeto "Arte e Meio Ambiente", coordenado por Adriane Almeida e Márcio Barreto, na Escola Municipal Lucio Martins Rodrigues - região carente de São Vicente /SP, destaca-se pela pesquisa de nossa identidade cultural e pela motivação à cidadania através da arte e da consciência ambiental. Formado por alunos entre 10 e 14 anos o grupo já ganhou diversos prêmios nos festivais que participou, demonstrando que através da cultura é possível alicerçar novos parâmetros para a Educação.

Organização
Márcio Barreto
Músico, compositor e pesquisador atua junto ao Instituto Ocanoa, Projeto Canoa e Percutindo Mundos.

Dionisio Almeida
Historiador, agitador cultural e pesquisador Dionisio Almeida escreve para diversos sites culturais e trabalha junto a Secretaria de Cultura de São Vicente.

http://www.artefatocultural.com.br/portal/index.php?secao=colunistas&colunista=Dion%EDsio%20Almeida

Programação

Praça Tom Jobim

06/11
17:00 – Abertura Oficial
17:30 – Percutindo Mundos – São Vicente /SP
19:00 – Julinho Bittencourt – Santos /SP
20:15 - Moitará – Santos /SP
21:30 – Chama Maré – Paraty /RJ
22:45 – Zéllus Machado e Trio Kaanoa – Santos /SP


07/11
00:00 – Mantra Yoga Transcendental – Santos /SP
13:00 – Guarani Mbyá – São Vicente /SP
14:15 – Pícaros – Praia Grande /SP
15:30 – Wylmar Santos – São Vicente /SP
16:45 – Olhos de Carla – Santos /SP
18:00 – Danilo Nunes e Carrossel de Baco
Praça 22 de Janeiro

07/11
10:00 - Oficinas de Circo - Luis Hiran (Malabares), Maíra de Souza (Acrobacias Aéreas) e Michelle Mahin (Acrobalance)
14:00 – Oficina e exposição de Grafite – Hugo Leal (Interagestúdio),
Cid Maia (Ateliê 44) e Valério da Luz (Ateliê 44)
14:30 – Ruídos Negros – Rap – Praia Grande /SP
15:30 - Capoeira - Vozes da Senzala - Instituto CAE - Santos /SP
16:30 – Gaia - Gaia´thos – Circo - Santos /SP
17:00 – As Lavadeiras do Rio e seus Amores do Mar – Grupo Ubacunhã
Teatro de Rua – Ubatuba /SP

Vila de São Vicente

06/11
Teatro José de Anchieta
18:30 – Pindá, a Menina do Mar – Ciranda Caiçara – Teatro –São Vicente /SP
20:00 – O Padre de Vera Cruz – Rodrigo Caeser – Teatro – São Vicente /SP

07/11
8° Sarau Caiçara – Literatura e Música
14:00 – Abertura
Flávio Viegas Amoreira
Lucius de Mello
Daniel Caldeira
Ademir Demarchi
José Geraldo Neres
Edson Bueno de Camargo
Meire Berti Gomieiro da Fonseca
Christina Amorim
Madô Martins
Regina Alonso
Alessandro Atanes
Márcia Costa
Marcelo Ariel
Sidarta (Abigail Baraquet e Jayme Lopes)
Jorge Lampa
Jap Krichinak
Hermes Machado
Homenagem a Beto Volpe
Homenagem a Gilberto Mendes

Centro Cultural da Imagem e do Som (Cine 3D)

06/11
18:00 – Caiçarismos – Vídeos
18:30 – Olhar Caiçara e Viola Peregrina – Mongue – Rede de Cananéia
19:00 – Oficinas Quero – Santos /SP
19:30 – Curta Santos – Santos /SP

07/11
16:00 – Virgínia Spósito – “Mandinga” - Dança
16:45 – Célia Faustino – “Repetição e/ou Transformação” – Dança
17:30 – Jayme Lopes – “Raízes da Dança” - Dança
18:45 – Fernanda Carvalho – “Danças Marítimas” - Dança
19:30 – Poliana Nataraja – “Primitivo Contemporâneo” -Dança

Casa Martim Afonso e Museu da Imagem e do Som - Exposições

06/11
18:00 – Abertura
Fotografia:
“Olhares Marítimos”: Biga Appes, Adilson Félix, Márcio Barreto,
Roberto Melchior, Christina Amorim, Raquel Ramires,
Isabel Nascimento, Tito Wagner, Helena Araújo, Giba Paiva Magalhães.

Escultura:
“Aluminarte”: Anak Albuquerque (mosaicista) e Giovane Nazareth (escultor).
“A Incrível Arte do Equilíbrio” - Galeno Malfatti – São Vicente /SP
“Mares e Madeiras” - Chico Melo – Santos /SP
“Indianismos” – Evelise Aguião”

Artes Visuais:
“Valongo” – Fabrício Lopez – Santos /SP
“Supremacia Caiçara” – Coletivo Action – Santos /SP
“Retratos” – Nice Lopes – Santos /SP
“Cores” – Maurício Adinolfi – São Paulo /SP
“Grafitando Horizontes” – Valério da Luz, Cid Maia e Hugo Leal – Santos /SP
“Claudiano Xavier” – São Vicente /SP
"Círculo de Tambores" - Guilherme Handro - Guarujá /SP

07/11
18:00 – Encerramento da Exposição

Vídeo: I Virada Caiçara - São Vicente /SP - 2010
http://www.youtube.com/watch?v=jZFUmGcVcaY